COMPRA DE FARDAMENTO NA MARINHA GERA INVESTIGAÇÃO DO TCU

PREGÃO POLÊMICO
EXIGÊNCIAS PARA COMPRA DE FARDAMENTO DA MARINHA
Inspetores do Tribunal de Contas da União (TCU) questionam o setor de compras de uniformes da Marinha. Em diligência (nome técnico para inspeção avançada) ao Centro de Obtenção da Marinha no Rio, os inspetores foram verificar denúncia, segundo a qual, exigências fora do comum estariam restringindo a concorrência nos pregões eletrônicos feitos para comprar uniformes na Força.
Entre as condições do pregão aberto ano passado e ainda em andamento estão uma inspeção para verificar qualificação técnica das confecções. Em tal diligência, verificou-se banheiro, formação das costureiras e até se a fabricação fere o meio ambiente. O rigor poderia ser aplaudido, caso não fosse cobrança rara para confecções que fazem roupas e se não representasse aumento considerável de custo.
Segundo a denúncia, de um ano para o outro, as compras de uniformes saíram a preços 44% e 93% maiores, quando comparados editais semelhantes. São fardas, camisetas e calças que no mesmo pregão saem a preços muito parecidos, mas na comparação com pregão anterior sofreram expressivo reajuste.

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93% MAIS CARO
A maior diferença se deu na confecção de jaquetão. No pregão de 2009, com menos exigências, saiu por R$ 72,60. No questionado, de 2010, o preço saltou para R$ 140.
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COMPARAÇÃO DE CUSTO
O aumento de custo entre compras semelhantes feitas em 2009 (pregão 37) e 2010 (pregão 144) pode ter passado despercebido pelo TCU, que se concentrou no 144.
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NOVAS COMPRAS
O pregão 144 não será suspenso, apesar da diligência do TCU, porque novo edital acabaria por encarecer a encomenda. Esse foi o entender do tribunal ao liberar a inspeção.
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PREÇOS MAIS EM CONTA
Cabe destacar que o pregão 144 só sai mais caro na comparação com o anterior. Isoladamente, o que se vê é que os preços saíram mais em conta que os de referência previstos em edital.

Uma resposta

  1. No EB nos últimos 10 anos já houve várias trocas de "detalhes" dos uniformes que obrigam os militares a gastarem o pouco dinheiro que já ganham para atualizar o enxoval: trocaram a gandola de serviço p/ gandola de combate; trocaram as divisas de metal da camisa bege p/ divisas costurada nas mangas; trocaram a gola da camisa bege (gola mole pela gola dura); trocaram o símbolo do quepe; criaram um "bonezinho" ridículo para educação física; agora está no "forno" pronto para sair a mudança da camisa de malha camuflada que passará a ser verde-oliva, dentre outras mudanças. Tanta mudança em um exército de paz… Parece até que na falta de guerra os oficiais generais adquiriram uma queda pela profissão de estilista, brincando de SÃO PAULO FASHION WEEK com os uniformes militares. Mas a grande sacada é que mudando-se os uniformes, gasta-se mais (licitações superfaturadas) com a compra de uniformes, pois os que estão estocados não servirão mais. O TCU tinha que obrigar os militares a só gastarem recursos públicos na compra de uniformes após esgotado todo o estoque antigo ! Os oficiais das licitações ficam rindo à toa quando tais mudanças são implementadas, pois é mais uma oportunidade para ganhar uma "comissãozinha" dos fornecedores.

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