O “CARTEL DO OXIGÊNIO” E O EXÉRCITO BRASILEIRO

JOÃO VINHOSA
Nada mais perfeito para se avaliar o potencial de rapinagem das empresas que integram o “Cartel do Oxigênio” que o mega superfaturamento praticado contra o Exército Brasileiro.
No Hospital Central do Exército (HCE), aconteceu o seguinte: em cinco licitações anuais consecutivas, de 1995 a 1999, somente uma empresa apresentou proposta de preços. Ela chegou a cobrar pelo oxigênio o extorsivo valor de R$ 7,80. Em 2000, quando outras concorrentes participaram da licitação, a empresa propôs o valor de R$ 1,63 e, ainda assim, foi derrotada por duas outras, saindo vencedora a que propôs R$ 1,35.
Lícito torna-se inferir que, ao propor preços tão elevados nas licitações realizadas de 1995 a 1999, a empresa tinha a certeza que seus “concorrentes” não participariam das disputas.
Apesar de a empresa ter “concorrido” sozinha nas cinco licitações (enquanto, na mesma cidade, outra empresa fornecia para a Aeronáutica e uma terceira fornecia para a Marinha) não existe prova formal que essa “coincidência” é uma ação combinada de concorrentes com o objetivo de fraudar as respectivas licitações.
Tal superfaturamento foi comprovado pelo Tribunal de Contas da União (TCU), que determinou a devolução aos cofres públicos do valor R$ 6.618.085,28, conforme consta no processo TC 012.552/2003-1 e correspondente Acórdão n°1129/2006-TCU-PLENÁRIO.
Cumpre ressaltar que o TCU chegou ao valor acima indicado considerando apenas os superfaturamentos ocorridos nos anos de 1997, 1998 e 1999, já que a denúncia ao órgão foi feita sem contar com os superfaturamentos ocorridos em 1995 e 1996, posteriormente informados pelo Exército Brasileiro.
Facilmente, dá para concluir que só o superfaturamento no HCE rendeu mais que centenas de superfaturamentos praticados nas vendas de ambulâncias pelos “sanguessugas”. Leia o artigo completo em: O julgamento do “Cartel do Oxigênio”.
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3 respostas

  1. Dá-nos vontade de desistir, dá não?

    Pior é saber de empresários que enriqueceram muito assim e ainda "botam banca" (sic) de "elite" do País.

    Assim até eu… Quero ver ser rico de forma honesta neste País… Aí eu queria ver!

    Defourt

  2. Enfim esta sendo punido o cartel que conheci bem, ja fui funcionario em cargo gerencial da White Martins e sei o que ocorria nos bastidores. Uma vergonha, um roubo gerenciado por brasileiros contra os próprios brasileiros, e se diziam competentes, talvez na manipulação de acordos em troca de clientes, para um aporte maior no faturamento para agradar os verdadeiros donos do dinheiro: os americanos, suecos e alemães. Quem ja viveu la dentro sabe que existe em todas as unidades, filiais e regionais, manipulações de clientes, trocas de market share, principalmente contra órgãos públicos, em especial: hospitais e prefeituras. Tudo regado a festas em Comandatuba com a "famosa" pelada com artistas, onde participavam artistas mais famosas para estimular e trazer a imagem de agradecimento ao gerenciamento da rapinagem. Uma verdadeira sociedade para o roubo, no popular: uma quadrilha alimentada por gringos que veêm o Brasil no mapa mundi como uma cifrão em dólares, saia de onde sair. E não se enganem, a rapinagem continua ativa, barrando empresas menores de entrar no mercado de gases, e pagando propina para setores federais negar outras tecnologias alternativas, em especial para a saúde! Não sou anônimo, me chamo João Pedro de Assis.

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