RECORDE SINISTRO: ATIRADOR BRITÂNICO MATA DOIS TALIBÃS À DOIS QUILÔMETROS E MEIO DE DISTÂNCIA

Tiro de morte. Sniper britânico é o novo recordista mundial
Matou dois talibãs com dois tiros consecutivos, a quase dois quilómetros e meio de distância.
Craig Harrison, atirador do Exército britânico, entrou para a história do mundo dos snipers e conseguiu estabelecer o novo recorde de distância de tiro mortal. Os alvos talibãs estavam tão longe que as balas – de 8,59 milímetros – demoraram quase três segundos a chegar ao destino, depois de saírem do cano da arma.
“O primeiro tiro atingiu um dos talibãs no estômago e matou-o imediatamente. Caiu e não se mexeu mais. 
O segundo rebelde agarrou na arma e virou-se. O segundo tiro atingiu-o de lado. Caiu. Morreram os dois”, descreveu Craig Harrison à imprensa britânica. 
O feito já remonta a Novembro do ano passado, mas só agora foi confirmado, depois de Craig Harrison ter regressado ao quartel, no Reino Unido. Um sistema de GPS instalado na arma de longo alcance com que disparou – uma L115A3 – permitiu medir a distância dos alvos e confirmar o novo recorde: 2470 metros.
Condições ideais 
Em Novembro, os militares do regimento da cavalaria britânica estavam a cobrir uma patrulha do exército nacional afegão a sul de Musa Qala, num todo-o-terreno, quando foram atacados. Craig Harrison tinha ficado para trás. “As condições eram perfeitas. Sem vento, tempo ameno, boa visibilidade. Pousei a arma num muro e apontei”, recorda. Depois, disparou o tiro que lhe permitiu destronar o cabo de infantaria Rob Furlong, do Canadá (conhecida como “Infantaria Princesa Patrícia”) que, em 2002, disparou um tiro mortal a uma distância de 2430 metros com uma MacMillan TAC-50 de 12,7 milímetros.
Mais do que jeito, sorte 
Afinal, foi “um tiro de sorte”, garante Craig Harrison. “Os talibãs tiveram azar, porque havia boas condições e conseguimos vê-los bem”, justifica o soldado britânico. Depois de ter morto os dois talibãs à primeira, o sniper ainda disparou uma última ronda de tiros, “para destruir a arma inimiga”. A arma usada, a L115A3, é actualmente a mais poderosa do Exército e foi desenhada para ser eficaz até 1500 metros de distância – neste caso, os alvos estavam a 900 metros da distância máxima. Por isso o próprio director da marca que a fabrica, Tom Irwin, da Accuracy International, admite que o factor sorte jogou a favor do atirador britânico. “É uma arma bastante certeira mesmo acima dos 1500 metros mas, a dois quilómetros e meio, a sorte tem um papel tão determinante como qualquer outro factor”, garante.
Sobrevivente 
Ao recorde agora confirmado, Craig Harrison soma histórias impressionantes vividas na frente da batalha. Recentemente, durante uma emboscada, o carro em que seguia foi atingido por 36 tiros. Uma das balas atingiu-lhe o capacete – raspou-lhe a orelha direita e saiu pelo topo, sem que ficasse ferido. Antes de ter batido o recorde, Craig Harrison partiu os dois braços, quando o carro em que seguia foi atingido por uma mina. Chegou a ser enviado para casa mas, pouco tempo depois, insistiu em voltar para a frente de batalha, no Afeganistão. Totalmente recuperado, garante. “Tive sorte, porque estava numa excelente condição física antes de partir os braços e, depois de seis semanas com gesso, ainda estava em boa forma. Não afectou nada a minha capacidade de atirador.”
IONLINE (Portugal)

Uma resposta

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Pular para o conteúdo